Tecnologia deverá funcionar em áreas urbanas densamente povoadas
Todos nós sabemos dos desafios encontrados pelo Brasil para oferecer uma rede de internet de qualidade aos milhões de usuários do LTE, apesar de utilizarmos 3 tipos de rede: 2G, 3G e 4G. Grande parte destas dificuldades são oriundas de uma infraestrutura carente de antenas que atendam à demanda, e de uma distribuição de faixas de frequência deficiente, causadas pela burocracia do nosso país.
As expectativas criadas em torno da quinta geração de internet móvel são altas, devido à promessa de velocidade de download 10 a 20 vezes maior do que a que temos hoje, só para se ter uma ideia sobre as diferenças de velocidade. Com isso, espera-se que ela venha para mudar nossa vida, no sentido de tornar nossos acessos mais rápidos, estáveis e com cobertura mais ampla, otimizando assim o sinal que temos hoje e trazendo inúmeras possibilidades de explorar a internet das coisas (IoT) .
Inicialmente a nova tecnologia deverá utilizar as antenas do 3G e 4G, que operam numa frequência de 2 a 2,5GHz, enquanto o 5G foi idealizado para operar numa frequência maior 3,5GHz. Isso implica dizer que a capacidade de expansão da tecnologia será gradativa, mas é possível ainda assim perceber o aumento da velocidade do sinal.
O leilão do espectro deverá ocorrer em 2021 para as operadoras, mas até que funcione como esperado, existe muito trabalho a ser feito. Segundo Marcos Ferrari, presidente do Telebrasil, “é preciso atualizar as leis municipais de instalação de antenas, reduzir a alta carga tributária brasileira sobre os serviços de telecom, especialmente os de internet das coisas, adotar a solução mais adequada para mitigar eventuais interferências do 5G com os serviços de TVRO, conhecidos como as parabólicas, e garantir ampla e irrestrita participação de fornecedores, para o bem da sociedade.”
A princípio, o serviço só poderá ser desfrutado pelos clientes que tiverem o Motorola Edge, único celular compatível com o 5G à venda no Brasil. Também será preciso estar em locais específicos.
Confira na lista abaixo se sua região receberá a tecnologia 5G:
Vivo
- São Paulo (Avenida Paulista, Vila Olímpia e Berrini)
- Brasília (Eixo Monumental, Esplanada dos Ministérios e shoppings)
- Belo Horizonte (Savassi e Afonso Pena)
- Salvador (Pituba e Itaigara)
- Rio de Janeiro (Copacabana, Ipanema e Leblon)
- Goiânia (centro)
- Curitiba (Centro Cívico, Alto da Glória e Batel, Água Verde)
- Porto Alegre (Moinhos de Vento, Avenida Carlos Gomes e Shopping Iguatemi)
Claro
- São Paulo (Avenida Paulista e Jardins, a princípio, e mais tarde Campo Belo, Vila Madalena, Pinheiros, Itaim, Moema, Brooklin, Vila Olímpia, Cerqueira César, Paraíso, Ibirapuera, Berrini, Santo Amaro, Central Única das Favelas e Instituto Pró-Saber)
- Rio de Janeiro (Ipanema, Leblon e Lagoa, a princípio, e mais tarde por toda a orla)
Tim (a partir de setembro)
- Rio Grande do Sul (Bento Gonçalves)
- Minas Gerais (Itajubá)
- Mato Grosso do Sul (Três Lagoas)
Para áreas remotas, como as zonas rurais, as operadoras devem oferecer uma melhora no 4G, já que a capacidade do 5G inicialmente é para cobrir áreas predominantemente urbanas densamente povoadas, operando em bandas de alta frequência – pelo menos no início – que têm muita capacidade, mas cobrem distâncias menores. Isso não significa que regiões bastante remotas e que hoje apresentam instabilidade de sinal ou sinal zero de internet, venham a sofrer alterações desta realidade, já que não se trata de uma questão comercial apenas, e sim política. É preciso que nossas políticas avancem para que mais regiões e cidades, consigam se manter conectadas.
Fontes:
https://www.bbc.com/portuguese/geral-44936142
https://www.tecmundo.com.br/mercado/156213-o-brasil-precisa-resolver-leilao-5g.htm
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